A saga de The Witcher é como uma lembrança da minha infância. Esses livros são ação no mais íntimo do verbo ser. Apenas são. Quando perceber, você é um andarilho das terras desse mundo, incapaz de se desfazer da atmosfera.
Elsie Bainbridge enfrenta o luto da viuvez enquanto se muda da cidade agitada de Londres para um interior campestre, onde endereça a casa da família de seu marido; uma herança de séculos. E uma maldição que atravessa os séculos.
Ela não assumiu sua vaga de criar fantasia na realidade difícil, ver alegria no simples, esquecer o amanhã, viver o presente intensamente e mais uma série de ações sábias que só cabe a elas. No lugar da risonha e divertida garotinha de cachinhos chocolate, restou a menina magoada, sofrida, ranzinza e cruel, que é insegura demais para dizer não e amargurada demais para encerrar os ciclos abusivos.
Juntar uma equipe para uma aventura – que basicamente é para sobreviverem a um sistema exploratório e escravocrata – é o cenário mais do que clássico no mundo RPGista. Uma ser de cada raça, um de cada habilidade, uma amizade que começa sem muita afinidade até se tornarem uma família. Clichê, mas totalmente contagiante. Principalmente, pelas personagens da trama.
Calada, no silêncio das vozes esganiçadas da minha mente, estremeço sobre a linha fina e torta da esperança. Seguro fortemente a haste de madeira que me ajuda no equilíbrio, uma haste desgastada pelo tempo. As pontas esfarelam a cada passo mais longo, tirando estabilidade aos poucos.